sábado, 6 de novembro de 2010

Amor sem fim

05:16 da manhã. E mais alguns segundos insignificantes que ninguém conta. É mesmo, quando se perguntam as horas, ninguém diz os segundos, vai ver porque eles mudam a todo momento, assim que você vai dizer, já passou para outro. Mas é nos insignificantes segundos que tudo pode acontecer, é em segundos que se nasce uma vida, um amor, ou os dois são destruídos. E talvez as coisas que mais julgamos insignificantes e que não ganham nem alguns segundos da nossa atenção, são as mais importantes. Alguns segundos podem virar uma vida inteira de ponta cabeça. São em segundos que o amor pode se transformar em uma insuportável dor. Essa dor que deveria ser insignificante, não os segundos. São em segundos que os lábios se tocam pela primeira vez, e em segundos essa magia toma conta do teu corpo, mas também são em segundos que se vêem uma pessoa partir, em segundos o seu coração pode ser totalmente destroçados.

Enfim, porque eu estou pensando nisso mesmo? Quando o vazio toma conta de nosso corpo, quando o vazio preenche nossa alma, ficamos assim mesmo, bobas, estúpidas. Tentando focalizar o pensamento em coisas...
Insignificantes.
A chuva cai lá fora, choveu a noite toda, um barulhinho confortante dos pingos caindo contra o chão. Droga. Dias chuvosos costumam me deixar sentimental e apaixonada. Mas apaixonada por quê? Apaixonada por quem? Ah. Não importa. Eu me sinto fofa em dias de chuva. Sinto-me linda. Mas o espelho contradiz.
Sozinha em casa, 15 anos e sem namorado. Que derrota. Sou um fracasso. É, sou um fracasso mesmo! Ou não, vai saber, já ouvi falar de senhoras que chegam aos 40 sem um namorado, ou sem sequer um beijo! Deus me livre disso. Enfim, porque eu tô pensando nisso também? Chega, melhor eu levantar, esses pensamentos aleatórios estão me fazendo mal. Algumas cinzas de cigarro ao chão. Minha cabeça dói. Não consigo me lembrar de nada que aconteceu na noite anterior. Ai. Minha cabeça dói muito. Melhor eu tomar um pouco de café.
 Ah, nada como um café pra curar uma dor de cabeça. Ai, que vontade de ligar pro Júlio. É, o Júlio, meu ex namorado com quem não falo a 4 meses. Ele me traiu, filho da puta. Ele estava bêbado, por isso se ele quisesse hoje eu até poderia perdoá-lo. Afinal, ele estava bêbado. E quando se está bêbado agente perde a noção, vira outra pessoa. Então, se eu for pensar, ele não me traiu. Foi o eu bêbado dele que me traiu, não o eu normal, o eu Júlio pelo qual eu era completamente obcecada. Júlio é o típico garoto que as meninas da minha idade procuram. Pelo menos o típico garoto que as meninas como eu da minha idade procuram.
Ficha completa: Júlio L’andrad Amorim. 17 anos. Dois anos mais velho, já é alguma coisa, pelo menos não é daqueles pirralhos que se divertem horrores queimando formigas com uma lente voltada contra o sol ou humilhando garotas desprovidas de beleza ou gordinhas. Inteligente, não é um intelectual, mas pelo menos não é burro. Ajudava-me sempre nas matérias que eu tinha dificuldade. Matemática, santa filha da puta. Engraçado, não do tipo palhaço ou bobo alegre, aqueles que riem de qualquer mosquito voando a sua frente ou de qualquer gordinho que escorrega no pátio molhado (embora seja realmente engraçado). Engraçado e inteligente, uma combinação perfeita. Branquinho, tipo porcelana. Olhos claros, não sei dizer se são verde ou azuis, sinceramente. Deve ser um verde azulado. Ou um azul esverdeado. Pele branca. (já falei né?) É, eu realmente amo, sou apaixonada por branquinhos cor de neve. Ele não é forte, tenho uma certa repulsa por esses garotos fortes que a maioria das garotas gostam. Nojo mesmo. Muito músculo é pouco cérebro, ou zero cérebro, é o fim. Mas também não é magrelo, é médio, e é assim que eu gosto. Vem de boa família, os pais deles me adoravam, me mimavam, ficaram frustrados quando souberam do fim do nosso namoro. E eu também. Durante um tempo eu me forcei a dizer que ele não fazia a menor falta em minha vida, que tudo corria bem sem ele.
  Mas sinto falta dele. Realmente. Muita falta. Falta de correr na chuva ao lado dele quando voltávamos da escola. Aqui onde eu moro chove bastante, e eu gosto disso. Era bom nós dois nos encolhendo e ele tentando em um abraço nos unir, para ocuparmos o lugar de apenas um corpo dentro no guarda-chuva para que eu não me molhasse. Bem, não funcionava. Mas era bom sentir o corpo dele me aquecendo quando chegávamos em casa totalmente enxargados, como dois gatos molhados, e ele ainda tinha a coragem de me dizer que eu estava linda, sem maquiagem, com o cabelo natural e molhado, e ele me achava linda. Ele devia ser o único que me achava linda, pois eu mesma me achava ridícula. Mas ele me fazia bem. Me trazia uma paz enorme que ninguém nunca havia conseguido transmitir com apenas um olhar, com o jeito de olhar, com o SEU jeito de olhar. O modo como ele era calmo, até em momentos quando eu dava todos os motivos para que ele me mandasse calar a boca e esmurrasse meu rosto. Mas ele apenas esperava eu acabar de gritar, esperava acabar minha crises de ciúmes, esperava eu parar de esmurrar seu peito, e dava um sorriso confortador, um sorriso meigo que apenas ele era capaz de dar, e dizia que me amava, segurando meus braços para que eu parasse de dar murros, assim como se controla uma criança revoltada, logo em seguida me puxando pra perto dele e dando um beijo suave, delicado, que aos poucos se transformava em um beijo daqueles que toda garota sonha quando pequenininha. Aqueles bem apaixonados aqueles em que o mocinho quase engole a mocinha, sabe?
  Eu sinto tanta falta. Falta daquela voz meio rouca que ele tinha que me causava arrepios. Falta de matar aula para ficar na pracinha em frente a sorveteria apenas olhando para ele, não dizendo nada e tudo ao mesmo tempo, falta de como eu conseguia ser eu mesma ao lado dele. Falta de quando ele corria atrás de mim, caíamos na grama e ficávamos lá, por horas, até o dia acabar, eu ficava deitada em teu peito, e ele passando a mão no meu cabelo e me dizendo que eu era pra sempre a garotinha dele. A garotinha dele... Eu era a garotinha dele! A bebêzinha dele, como ele dizia. E agora? Agora eu sou de quem? De ninguém. É. Droga.
Sinto falta das mãos dele enlaçando minha cintura, me fazendo me sentir imune a qualquer problema que viria a me afrontar, me sentindo realmente protegida. Sinto uma falta absurda de quando ele falava coisas sem sexo apenas para me fazer rir, e passava o polegar na covinha do meu sorriso, ele deu até um nome a ela. Cindy. Covinha Cindy. Ela sempre vai se chamar assim. Sinto falta de quando ele mordia meus lábios apenas para ver eles ficarem vermelhos, falta do beijo dele. Depois dele, nunca mais fiquei com ninguém. Deve ser isso o motivo do vazio. Sinto falta de assim que ele ia embora, correr para o MSN e ficar igual uma idiota esperando a janelinha subir. Sinto falta de ficar a tarde após a escola fazendo brigadeiro, nos sujando com brigadeiro, e falando mal da vida alheia até o dia anoitecer, como dois amigos. Era assim que nos tratávamos ás vezes. Como melhores amigos. E acho que é assim que deveriam ser todos os relacionamentos. Sinto falta de sair da escola e ficar procurando em meio a multidão um garoto branquelo abanando a mão e pulando para ver se eu o via, ele me buscava todos os dias. Sinto falta de quando ele fazia cosquinhas na minha nuca só para me ver encolher.
  Sinto falta até de quando ele fechava a cara e fazia a cara nervosa mais linda que eu já vi em toda a minha vida. Eu amava quando ele sentia ciúmes. Amava quando ele brigava comigo por ciúmes. Só pra poder no fim de tudo dizer que ele era um bobo completo e puxar ele para um longo beijo. Sinto falta. Eu era uma criança ao lado dele, uma criança que agora já não era de ninguém. Uma criança abandonada. Com frio. Em uma casa fria. Solitária. Com as mãos frias. Sem ninguém para aquecê-las. Feia. Era assim que eu me sentia. Já não tinha mais ninguém para dizer que eu era linda. Eu não o tinha para me fazer realmente acreditar nisso. 
Eu resolvi ligar para ele. Toca uma vez, duas, três, quatro, cinco, seis. Chamada perdida. Será que é muito cedo? É, talvez, perdi meia hora com pensamentos idiotas. Vou esperar meia hora e ligo de novo. É, vou ligar sim. E se eu mandar uma mensagem? Ah, não. Eu quero é falar com ele. Ouvir a voz dele. Aquela voz que ainda me causava arrepios. Aquela voz que ficou gravada na minha mente, uma voz inconfundível. Ah, chega. Não consigo esperar, vou ligar de novo. Toca uma vez, duas. ATENDEU, ATENDEU AAAAAAATENDEU! A voz dele dizendo oi, era tão simples, mas na minha cabeça aquilo era mágica. Ele disse que também sentia minha falta. Chamou-me pra ir até a praça tomar sorvete. A praça onde agente matava aula para ficar juntos. A praça onde tudo começou. AQUELA praça. Eu vou! É claro que eu vou meu amor! Eu vou te trazer de volta, você vai preencher esse vazio enorme que esse tempo sem você deixou em mim!
Silêncio. Fico sem resposta. Calada. Paralisada. Sentindo-me uma otária completa. Ele disse que vai levar a namorada. Namorada? Ele tem uma namorada? Ele JÁ tem uma namorada? Ah, deixe de ser idiota, é claro que ele tem uma namorada. Um cara como ele não ficaria muito tempo à solta sem ninguém. Sozinho. Tudo bem. Só de ver ele, mesmo que ao lado de outra, só de sentir o abraço dele já vai ser ótimo. Até amanhã, Julio.
    Deitei na cama e fiquei esperando o tempo passar. Levantei-me e resolvi cuidar um pouco de mim. Arrumar-me. Afinal de contas, amanhã eu vou ver aquele que era e nunca deixou de ser o homem da minha vida. Mas... Com uma garota. Droga. Com uma garota. Talvez se eu mostrasse a ele o quanto o nosso amor era lindo, que ele pode voltar a ser, ele volte pra mim. Ou será que ele a ama? Será que ela também tem uma covinha? Será que chama Cindy também? Não, ele não faria isso. Aqueles nossos momentos não poderiam ser vividos ao lado de outra. NÃO poderiam. Definitivamente, não.
Limpeza de pele, hidratação no cabelo, maldita espinha que não sai! A, sua maldita, vou te espremer e você vai virar um mar de pus em alguns instantes. Espere aí. Caralho, que dor! Mas saiu. Ah, que lindo, ficou agora uma linda mancha, a desgraçada vai embora mas quer deixar suas marquinhas. Ah, e daí não é mesmo? Existe maquiagem. Júlio sempre me achava bonita, até sem maquiagem, até com as minhas terríveis marcas de espinhas. Júlio achava. Ele era cego. Ainda bem que ele era cego. Só sendo cego para me achar bonita. Ai, como minha auto-estima é alta heim. Escova. Chapinha. É, não ficou tão mal. Meu cabelo cresceu desde a última vez que nos vimos, é duro de admitir, mas estou mais bonita. Vou prender isso e ir dormir, assim o tempo passa mais rápido. Nãaaaaaaaao, dormir agora? 3 da tarde. E ter depois uma maldita noite às claras numa espera torturante para que o dia amanheça? Vou tomar um remédio e espero que durma bastante. Um dia inteiro. Tomo o remédio. Sono profundo. E que chegue o dia.
  _ Oi, Ju. – digo timidamente, como aquelas garotas de quinta série ao conhecer um menino.
_ Oi, linda!
LINDA! Me chamou de linda. ELE me chamou de linda! DENOVO! Depois de tanto tempo! LINDA! Eu devo ser realmente linda!
_ É ... E a sua namorada? – digo sem jeito, pondo uma das mãos sob a cabeça.
Ele riu. Porque ele ta rindo? Eu disse alguma coisa engraçada?
_ Eu não tenho namorada! – diz ele no meio de uma risada idiota – Eu disse isso, apenas para ver se você sentia ciúmes ainda de mim, pra ver se ainda tinha um pouco de sentimento escondido dentro desse seu coraçãozinho que pelo que dizem, você força para que ele pareça ser de pedra, mas que eu posso sentir que amoleceu quando nossos olhares se bateram.
Convencido, hmpf. ELE NÃO TEM NAMORADA! AI MEU DEUS, ELE NÃO TEM NAMORADA! ELE QUERIA VER SE EU TO COM CIUMES! ELE QUERIA ME FAZER CIUMES! ELE ME AMA!
Fiquei parada, ainda sem jeito.
_ Bebê, é assim que eu te chamava, lembra? Bebê. Meu bebê. Como anda a Cindy? – Pergunta dando o sorriso mais lindo que meus olhos já tinham visto, um sorriso que meus olhos estavam com saudade de ver já a uns meses – A Cindy, lembra? Ela ainda tem esse nome? Ou ela teve outro dono que a renomeou?
_ Não, meu... M-meu amor – MEU AMOR, EU TE QUERO DE VOLTA MEU AMOR – Ela nunca teve outro dono, e mesmo se tivesse tido, eu não aceitaria nunca que a desse outro nome. Ela sempre vai ter o nome que tu deu a ela. Ela é sua. Nunca deixou de ser. Assim como...
_ Assim como o que? Diz, diz, DIZ.
_ Assim como... Assim como eu! – a maçã do meu rosto corou, ficou rosa, gostaria de poder controlar a cor da minha própria face -
_ Quer dizer que ainda é minha? Então, se eu quiser te tomar nos braços agora, eu posso? Já que é minha. Se eu quiser sentir novamente a sensação de ter seus lábios tocando os meus agora, eu posso?
  _ Claro que pode, eu nunca deixei de ser sua. Eu queria ter deixado, mas o que foi escrito no livro da vida que é pra se unir e ficar juntos, mesmo se algo os separasse, tem tendência a voltar, assim como eu vou voltar para ti agora, meu amor! MEU amor!
Fui quando ele me puxou para os braços dele, aqueles braços magros e com um toque feminino que sempre fazia os garotos quererem bater nele. Mas MEUS braços agora. Só MEUS. Os braços que, embora finos, branquelos e femininos, me aqueciam de um jeito que coisa nenhuma nesse mundo conseguiria. E me puxou para um beijo que a muito tempo eu não sentia, mordendo meus lábios como ele sempre fazia apenas para ver eles pegando cor. E parou olhando para o meu rosto por um bom tempo, até me deixar sem graça.
_ O que foi? Tem algo de errado no meu rosto, amor?
_ Não, é simplesmente o rosto mais lindo que eu já vi, e que estava com saudade de ver novamente, próximo ao meu. Mesmo com uma marca de espinha mal tampada com maquiagem.
_ Idiota!
Ele dá uma risada linda, contagiante, que entra nos ouvidos e fica na cabeça. A minha risada, é, MINHA, tudo dele agora é meu, não poderia ser diferente. ELE é MEU!
_ Mas é a marca de espinha mais linda que eu já vi!
_ I-DI-O-TA – o empurro –

Idiota. Um completo idiota. Era isso que Júlio era. Mas talvez, era isso que fazia com que eu me encantasse com ele.
  _ Idiota sim. O SEU idiota. E você, minha bebêzinha. Nada nesse mundo vai nos separar novamente. Nada. Não mais. Perdão por tudo. Sem teus caminhos, sem te tocar, só na imaginação, tava difícil pra viver. A vida é triste, e não vale a pena assim distante de você, distante do teu rosto, do teu toque, da tua pele. Eu quero sentir o teu calor todas as manhãs pelo resto dos meus dias, mostrar ao mundo todo o quanto vale o nosso amor! O nosso amor, minha pequena. Um amor que eu antes de te conhecer, achava que não existia. E, se existisse, não me imaginava o encontrando. Mas eu achei! Eu te achei! E amor pra mim é assim, como o nosso, onde eu sei que eu posso ser eu mesmo ao teu lado, sem forçar para agradar, mesmo sendo bem desagradável as vezes. Sabe por que não forço? Porque você vai viver a vida toda ao meu lado, então é bom já saber como eu realmente sou, para evitar decepções futuras, algo que não vai acontecer. Enquanto eu tiver vida, enquanto esse coração que eu trago aqui dentro bater, ele estará batendo por ti. Cada momento que passamos juntos, deste quando te conheci, desde o nosso primeiro beijo sempre permaneceram comigo, e sempre permanecerão, porque o nosso amor é eterno minha pequena! Eterno! Não vou deixar nenhuma lágrima rolar do teu rosto, e se, por um acaso vier a descer, eu estarei aqui, para enxugá-la e segurar tua mão, para mostrar que você nunca estará sozinha, que em mim tem um amigo, um irmão, um amor, um pai, uma paixão, um protetor, um salva-vidas, um tudo. Eu precisava me declarar a ti hoje, dizer o quanto eu te amo, dizer que é tu quem eu escolho para ser a mãe dos meus filhos, e isso não é amor de adolescente não, minha linda. Isso é um amor real. Eu vou te dar todos os motivos do mundo, para nunca pensar em me deixar. Eu não sei o que eu faria sem ti ao meu lado. Eu te amo, e o tempo longe de ti só serviu para me mostrar que longe de você a vida para mim não tem o menor valor. Que eu perderia e tiraria vidas por você. 
  Que você é tudo que eu preciso agora. E amanhã. E depois. E para sempre, até que a morte, ou melhor, nem a morte nos separará.

Após ouvir aquelas palavras, nada poderia me impedir de ser feliz, de ser feliz com ele. Ele era meu, sempre foi meu, e disso ninguém mais poderia ter duvidas. Depois da declaração, eu não precisava de mais nada para ser feliz, ou melhor ...
  Foi quando ele pôs a mão em torno do meu rosto, deslizando suavemente o dedo indicador sobre minha pele, o dia já havia anoitecido sem que nós ao menos percebêssemos, e a luz da lua nos iluminava, como em filmes, era como se nada mais ao nosso redor existisse, era como se estivéssemos sozinhos no mundo, sem notar que havia uma platéia de senhoras cinquentonas nos assistindo esperando um beijo final como se espera o desfecho de uma novela. Foi quando ele riu, não sei de quê, não importava, disse que eu era a menina mais linda do mundo, e seus lábios tocaram o meu com uma intensidade, com uma magia que eu nunca havia sentido antes vindo dele. Como se nosso amor tivesse sido intensificado naquele tempo longe. Esses sim, eram segundos que eu gostaria de eternizar. Eram segundos que eu vou guardar na minha memória para sempre. Os mais importantes segundos.

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